Mesmo os voos solitários chegam em algum lugar. Façamos de nosso Pais a Terra que sempre sonhamos viver...

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Grêmio e o Sprint Final

Campeonato Brasileiro, longa Maratona, dividida em etapas. O importante é a regularidade. Manter-se no pelotão da frente, sem perder contato com líderes e ter fôlego para o Sprint Final. Preocupo-me com o Grêmio do 2º Turno. Patina. Mostra perda de energia. Teria força e explosão, para chegar lá?
Não sei se quem me lê, está satisfeito com o 3º lugar. Eu não estou. Sou torcedor de um Grande Clube. Não me satisfaço com prêmios de consolação. Pra mim, o vice, é o 1º dos últimos. Quero Faixa no Peito. A Camisa Tricolor nasceu para dar volta olímpica, não pra ficar décadas na fila e achar normal.
A bela vitória contra o Atlético PR, em Curitiba, reforça minhas preocupações. No segundo turno, fora de casa, o Grêmio foi Grande. Mesmo esgotado, segurou a Ponte Preta em Campinas (0x0). Em Florianópolis se agigantou contra o Figueirense (2x0). Em São Paulo cresceu diante do Líder Corinthians (1x1) e, em Curitiba, atropelou. Resultado não reflete o jogo (2x1). Em 4 rodadas fora, 2 vitórias e 2 Empates. Campanha de Time Grande.
Seria currículo de quem sonha alto, não fosse o Fantasma da ARENA. Contra o Coritiba, se arrastou em campo (0x0). Enfrentando o Goiás, parecia congelado, sem criatividade e engessado pela retranca. Venceu devido a fragilidade do adversário (2x1). Diante do São Paulo, mais uma vez, se arrastou. Dessa vez encontrou oponente que sabe jogar. (1x2). Em 3 jogos, 1 vitória, 1 empate, 1 derrota. Números de mero coadjuvante.
Sem dúvida, o GRE NAL 5x0 foi o grande jogo em casa, lá no longínquo 1º Turno. Como explicar os dois Grêmios? Simples. Tudo se resume em espaço. O Grêmio de Roger não sabe propor o jogo. Quando tem de tomar a iniciativa e furar marcações de retranca, o time pipoca. Fica com toquinhos improdutivos, até perder a bola e tomar contra ataque. Jogando fora, o adversário se atira. O mesmo ocorreu no GRE NAL. Aí o time se compacta e joga por uma bola, na velocidade e talento de seus meias e atacantes.
Luan é a marca do Grêmio 2015. Quando tem liberdade, arrebenta. Basta fungar em seu pescoço e ele some. Fernandinho apresenta o mesmo problema. Veloz, aberto pelas pontas, se tiver tempo de dominar e arrancar, vira o dono do jogo. Se colar nele, some. Sem os dois, Douglas não tem com que tocar, Giuliano não é alimentado e o time anda em circulo, dependendo de volantes para armar.
Segundo Turno é Campeonato bem mais competitivo. Os Clubes da segunda página, lutam pra não cair. Jogam Copa do Mundo. A vida em cada bola. Os de cima, sonham com Libertadores ou título. Vem que vem babando. É a hora que se separa os diferenciados e os que não chegarão a lugar nenhum.
Grêmio enfrenta Palmeiras no Pacaembu. Ganhar ou perder faz parte do jogo, mas acredito muito mais numa grande apresentação amanhã, do que contra o Avaí na ARENA. O Tricolor de Roger está pronto pra encarar quem vier fora de casa e qualquer pangaré o fará suar sangue, dentro do Humaitá. Em se confirmando, mais uma vez, ficaremos no "quase".
De nada vale o argumento que outros também tropeçam. Essa última semana foi nula. Não chegamos a nenhum lugar. Devido o resvés contra o São Paulo, o ganho em Curitiba não nos fez avançar. A cada semana que passa, mesmo permanecendo os 6 pontos, a diferença para o Corinthians será maior.
Perder para o São Paulo não é nenhum desastre. Trata-se de um resultado normal. Mas quem sonha em ser Campeão, não pode viver de resultados normais. Precisa bem mais que isso. O Grêmio de Roger terá de aprender a jogar como favorito, quando tiver o favoritismo do estar em casa. Luan, se quer se firmar como craque, terá de brilhar, quando jogadores comuns, simplesmente somem. Muitos podem não concordar comigo. Respeito, mas deixo claro: Assim é o futebol. Não fui eu que inventei a realidade, apenas aprendi a não me iludir diante dela. O grêmio, a continuar, terá jogos memoráveis a lembrar 2015, mas, mais uma vez, estará nos vestiários tentando descobrir onde errou ou reclamando da falta de sorte, enquanto "outros" comemoram o título.

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